Quando a gente nasce desconhece
Quando conhece tenta entender
Porque a gente cresce e logo enlouquece
Adoece mesmo antes de começar a viver
Nos perguntam o que a gente quer ser quando crescer
Sem realmente querer saber o que queremos ser
O futuro é um tempo que ainda não existe
Invenção de seres ansiosos e tanto tristes
E pra que neste tal futuro não passassem necessidade
Embora fosse precaução, não fosse por maldade
Venderam suas almas e a de suas crias
E o que necessidade um dia fora
Agora era mordomia
Sejamos sinceros com nós mesmos
Antes de induzir respostas prontas aos nossos filhos
Quem realmente somos
Ou quem gostaríamos de ter sido
A deixar de lado só por um instante o futuro e nos sentir presentes
Corpo, alma e mente
Crianças já são o que sentem
Seguremos, então, suas mãos
E nos deixemos levar
Seja pra um abraço, um lugar ou nos lembrar...
Que estamos vivos
Que seja viva a nossa liberdade
Sem idade
E que o medo não feche mais portas e sim mova vontades
Pela liberdade